A síndrome de burnout será incluída na próxima revisão da Classificação Internacional de Doenças, segundo anúncio feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O burnout é o nível exagerado de estresse associado ao trabalho; entre os sintomas estão exaustão, insônia, negativismo e sentimento de derrota.
A classificação é utilizada para estabelecer tendências e estatísticas de saúde. A nova versão da CID começa a valer em 2022. A lista, elaborada pelo órgão, tem por base as conclusões de especialistas de todo o mundo.
Pasmem: 72% dos brasileiros que estão no mercado de trabalho sofrem alguma sequela ocasionada pelo estresse. Desse total, 32% sofreriam de burnout. E 92% das pessoas com a síndrome continuariam trabalhando. Estas informações são da pesquisa Isma-BR (representante da International Stress Management Association).
Burnout é um quadro de esgotamento profissional caracterizado por três sinais clássicos:
- Esgotamento físico e psíquico (a sensação de não dar conta das tarefas);
- Indiferença e perda de personalidade (não se importar mais com o próprio desempenho profissional, cinismo e apatia); e
- Baixa satisfação profissional. Para além desses sintomas, podem aparecer sintomas físicos, como dor de cabeça, dor de coluna e distúrbios musculares.
Segundo o Ministério da Saúde, a síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros.
Outros sintomas do burnout são cansaço excessivo (físico e mental), dor de cabeça frequente, alterações no apetite, insônia, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos de derrota e desesperança, sentimentos de incompetência, alterações repentinas de humor, isolamento, fadiga, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais e alteração nos batimentos cardíacos.
O tratamento do burnout é feito principalmente com psicoterapia mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). Em alguns casos, o tratamento requer afastamento temporário do emprego e também mudanças nas condições de trabalho (como negociar limites de trabalho e de jornada com o empregador e dedicar-se a outras atividades além do trabalho, como exercícios físicos, relacionamentos familiares, atividades de lazer, entre outras).
Comentários
Postar um comentário
* Todos os comentários são de responsabilidade dos próprios autores.