Há muito tempo se fala sobre os riscos de a pílula anticoncepcional provocar trombose. Neste 13 de outubro, Dia Mundial de Conscientização sobre a Trombose, esse problema novamente vem à tona, sobretudo depois de recentes relatos nas redes sociais e na mídia de que jovens teriam desenvolvido trombose em decorrência das pílulas. Mas qual é a real associação entre elas?
A trombose venosa profunda (TVP) caracteriza-se pela formação de um coágulo no interior de uma veia. Ela pode ocorrer em diferentes partes do corpo, e com grande frequência acomete os membros inferiores. Uma parte desse coágulo pode se desprender e seguir pela circulação, acometendo dessa forma outro órgão. Esse fenômeno é chamado de embolia. A embolia pulmonar é um exemplo potencialmente grave desse tipo de complicação
Hematologista no Hospital Sírio-Libanês, a Dra. Elisabetta Sachsida Colombo explica que as pílulas podem provocar um desequilíbrio no sistema de coagulação do organismo, e diante do excesso de proteínas pró-coagulantes, atribuídas principalmente ao hormônio estrogênio, aumentam as chances de formação de trombos.
As pílulas anticoncepcionais são feitas de progestagênio, um hormônio sintético derivado da progesterona (essencial para o equilíbrio do ciclo ovariano), ou de uma combinação entre progestagênio e estrogênio. São medicações eficazes para a prevenção da gravidez, e como são vendidas sem prescrição médica, na maior parte das vezes são usadas sem a devida orientação. "A pílula anticoncepcional é uma medicação como qualquer outra e deve ser indicada e prescrita sempre por um médico", enfatiza a dra. Elisabetta.
Além das pílulas anticoncepcionais existem outros fatores de risco para a trombose como imobilidade, sedentarismo, tabagismo, gestação, puerpério, idade acima dos 40 anos, reposição hormonal, além de doenças como obesidade, câncer e diabetes. Também existem algumas alterações hereditárias da coagulação que podem predispor a esses fenômenos. Todos esses fatores são levados em conta pelo médico no momento de prescrever determinado tipo de pílula ou, eventualmente, para recomendar outro método contraceptivo.
O tratamento da trombose deve ser iniciado o mais rápido possível e consiste no uso de medicamentos anticoagulantes orais ou injetáveis. Procedimentos invasivos podem ser indicados em casos selecionados. O uso de meias elásticas de compressão deverá ser empregado somente mediante avaliação médica.
O Núcleo de Hemorragia e Trombose do Hospital Sírio-Libanês conta com profissionais especializados em prevenção e tratamento de eventos trombóticos. Eles também interagem com as equipes médicas internas para dar suporte e atendimento a pacientes internados, além de consultas para pacientes ambulatoriais.
Fonte: Dra. Elisabetta Sachsida Colombo, dra. Carolina Wroclawski, dra. Melina Santos Erdens de Oliveira, dra. Andrezza Bertolaci Medina, dra. Erika Okazaki, dra. Marília Arcadipane e dra. Audrey Zeinad, hematologistas no Hospital Sírio-Libanês.
A trombose venosa profunda (TVP) caracteriza-se pela formação de um coágulo no interior de uma veia. Ela pode ocorrer em diferentes partes do corpo, e com grande frequência acomete os membros inferiores. Uma parte desse coágulo pode se desprender e seguir pela circulação, acometendo dessa forma outro órgão. Esse fenômeno é chamado de embolia. A embolia pulmonar é um exemplo potencialmente grave desse tipo de complicação
Hematologista no Hospital Sírio-Libanês, a Dra. Elisabetta Sachsida Colombo explica que as pílulas podem provocar um desequilíbrio no sistema de coagulação do organismo, e diante do excesso de proteínas pró-coagulantes, atribuídas principalmente ao hormônio estrogênio, aumentam as chances de formação de trombos.
As pílulas anticoncepcionais são feitas de progestagênio, um hormônio sintético derivado da progesterona (essencial para o equilíbrio do ciclo ovariano), ou de uma combinação entre progestagênio e estrogênio. São medicações eficazes para a prevenção da gravidez, e como são vendidas sem prescrição médica, na maior parte das vezes são usadas sem a devida orientação. "A pílula anticoncepcional é uma medicação como qualquer outra e deve ser indicada e prescrita sempre por um médico", enfatiza a dra. Elisabetta.
Além das pílulas anticoncepcionais existem outros fatores de risco para a trombose como imobilidade, sedentarismo, tabagismo, gestação, puerpério, idade acima dos 40 anos, reposição hormonal, além de doenças como obesidade, câncer e diabetes. Também existem algumas alterações hereditárias da coagulação que podem predispor a esses fenômenos. Todos esses fatores são levados em conta pelo médico no momento de prescrever determinado tipo de pílula ou, eventualmente, para recomendar outro método contraceptivo.
O tratamento da trombose deve ser iniciado o mais rápido possível e consiste no uso de medicamentos anticoagulantes orais ou injetáveis. Procedimentos invasivos podem ser indicados em casos selecionados. O uso de meias elásticas de compressão deverá ser empregado somente mediante avaliação médica.
O Núcleo de Hemorragia e Trombose do Hospital Sírio-Libanês conta com profissionais especializados em prevenção e tratamento de eventos trombóticos. Eles também interagem com as equipes médicas internas para dar suporte e atendimento a pacientes internados, além de consultas para pacientes ambulatoriais.
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