O processo de realização de exames clínicos laboratoriais inicia-se com o pedido do médico e termina somente com a interpretação dos resultados obtidos nos exames. Nesse entremeio, contudo, tem-se a atuação da figura do auxiliar de laboratório, no que concerne à coleta das amostras de material biológico a serem analisadas, o preparo das amostras (fase pré-analítica), a realização dos testes e exames (fase analítica), a análise dos resultados obtidos nos testes e exames, a liberação destes resultados e a preparação dos laudos (fase pós-analítica).
Todo o processo de coleta e análise de materiais biológicos deve ser obrigatoriamente precedido da lavagem correta das mãos e uso de luvas. É importante lembrar também que após o término do procedimento, a lavagem das mãos é imprescindível.
O sangue, um dos tipos de materiais biológicos mais comuns em análises, é formado por duas fases: os elementos figurados (células e plaquetas) e o plasma (fase líquida do sangue, na qual os elementos figurados se mantém em suspensão). Os elementos figurados do sangue são representados pelos eritrócitos, os leucócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e os monócitos) e as plaquetas.
O sangue, quando retirado dos vasos sanguíneos, coagula. Daí a importância de se utilizar substâncias conhecidas como anticoagulantes. Dependendo da análise, o exame poderá ser realizado no sangue total (hemograma), no plasma ou no soro (porção do plasma obtida quando os elementos de coagulação sanguínea não estão mais presentes). Quando o teste tiver que ser realizado no soro, este deverá ser obtido por meio de coleta em tubo sem anticoagulante, uma vez que é do nosso interesse que, para este tipo de exame, ocorra o processo de coagulação sanguínea. Já para se obter o plasma, é de nosso interesse que não ocorra a coagulação; portanto, a coleta deve ser realizada em tubo contendo anticoagulante. Assim, após a coleta do sangue, em tubo apropriado, deve-se fazer o procedimento de homogeneização por inversão, de 5 a 8 vezes, a fim de misturar o sangue colhido ao anticoagulante, evitando, portanto, a coagulação e a hemólise sanguínea. Na tabela abaixo, temos a descrição dos principais tipos de anticoagulantes utilizados e sua forma de identificação por meio das tampas dos tubos, bem como suas principais aplicações (TOLEDO, 2010).
Assim, após a homogeneização da amostra, o plasma e o soro sofrerão processo de centrifugação. O sangue total utilizado em análises não costuma ser centrifugado, justamente, porque objetivamos ter todos os elementos do sangue presentes e não separá-los.
A coleta de material microbiológico objetiva a identificação de agentes infecciosos e o perfil de sensibilidade a antimicrobianos. A coleta deve ser realizada em um sítio ou local do corpo representativo do processo infeccioso a ser investigado. Assim, é recomendável, por exemplo, a remoção de crostas de feridas, já que as melhores amostras microbiológicas se encontram abaixo da mesma.
Como mencionado acima, quando tratamos da coleta sanguínea, a higiene das mãos é fundamental e os instrumentos utilizados devem ser estéreis e os frascos de boca larga, para evitar ao máximo a contaminação com micro-organismos que não sejam representativos do processo infeccioso. O tempo máximo entre o processo de coleta e o início das análises é típico para cada material.
No que se refere às fontes de obtenção e métodos de análise destes materiais biológicos com fins de investigação microbiológica, tem-se as seguintes recomendações:
• Hemocultura: coleta de sangue, em que são utilizados frascos com meio de cultura com aspiração à vácuo; útil para hemocultura de leveduras, fungos ou bactérias.
• Secreção de ferida cutânea ou cirúrgica, abscesso ou fístula: o material deve ser coletado, preferencialmente, após lavagem da lesão com soro fisiológico; a coleta pode ser feita por aspiração da secreção ali presente ou do líquido não drenado (por meio de seringa e agulha estéreis) ou ainda com swab.
• Fragmento de tecido: em se tratando de feridas ou lesões cutâneas é recomendado o cultivo de pequeno fragmento do tecido (biópsia), mas ainda poderá ser utilizado o swab.
• Urocultura: a urina na bexiga é estéril; entretanto, dependendo do modo de coleta, pode ocorrer sua contaminação com a microbiota uretral. Para tentar minimizar essa contaminação, o modo mais recomendado de se realizar a coleta é por meio da coleta de urina de jato médio.
• Líquor: a punção para obtenção do líquor é feito na coluna lombar e exige condições estritas de assepsia; a recomendação é que a coleta já seja realizada no próprio meio de cultura; além disso, o líquor não deve ser armazenado sob refrigeração, uma vez que algumas bactérias não resistem a temperaturas muito baixas.
• Fezes: devem ser coletadas, preferencialmente, no início na fase aguda da doença, quando os agentes infecciosos costumam estar presentes em maior número. Havendo porções mucosas ou sanguinolentas nas fezes, deve-se dar preferência à coleta das mesmas (DUTRA, 2002).
Todo o processo de coleta e análise de materiais biológicos deve ser obrigatoriamente precedido da lavagem correta das mãos e uso de luvas. É importante lembrar também que após o término do procedimento, a lavagem das mãos é imprescindível.
O sangue, um dos tipos de materiais biológicos mais comuns em análises, é formado por duas fases: os elementos figurados (células e plaquetas) e o plasma (fase líquida do sangue, na qual os elementos figurados se mantém em suspensão). Os elementos figurados do sangue são representados pelos eritrócitos, os leucócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e os monócitos) e as plaquetas.
O sangue, quando retirado dos vasos sanguíneos, coagula. Daí a importância de se utilizar substâncias conhecidas como anticoagulantes. Dependendo da análise, o exame poderá ser realizado no sangue total (hemograma), no plasma ou no soro (porção do plasma obtida quando os elementos de coagulação sanguínea não estão mais presentes). Quando o teste tiver que ser realizado no soro, este deverá ser obtido por meio de coleta em tubo sem anticoagulante, uma vez que é do nosso interesse que, para este tipo de exame, ocorra o processo de coagulação sanguínea. Já para se obter o plasma, é de nosso interesse que não ocorra a coagulação; portanto, a coleta deve ser realizada em tubo contendo anticoagulante. Assim, após a coleta do sangue, em tubo apropriado, deve-se fazer o procedimento de homogeneização por inversão, de 5 a 8 vezes, a fim de misturar o sangue colhido ao anticoagulante, evitando, portanto, a coagulação e a hemólise sanguínea. Na tabela abaixo, temos a descrição dos principais tipos de anticoagulantes utilizados e sua forma de identificação por meio das tampas dos tubos, bem como suas principais aplicações (TOLEDO, 2010).
Assim, após a homogeneização da amostra, o plasma e o soro sofrerão processo de centrifugação. O sangue total utilizado em análises não costuma ser centrifugado, justamente, porque objetivamos ter todos os elementos do sangue presentes e não separá-los.
A coleta de material microbiológico objetiva a identificação de agentes infecciosos e o perfil de sensibilidade a antimicrobianos. A coleta deve ser realizada em um sítio ou local do corpo representativo do processo infeccioso a ser investigado. Assim, é recomendável, por exemplo, a remoção de crostas de feridas, já que as melhores amostras microbiológicas se encontram abaixo da mesma.
Como mencionado acima, quando tratamos da coleta sanguínea, a higiene das mãos é fundamental e os instrumentos utilizados devem ser estéreis e os frascos de boca larga, para evitar ao máximo a contaminação com micro-organismos que não sejam representativos do processo infeccioso. O tempo máximo entre o processo de coleta e o início das análises é típico para cada material.
No que se refere às fontes de obtenção e métodos de análise destes materiais biológicos com fins de investigação microbiológica, tem-se as seguintes recomendações:
• Hemocultura: coleta de sangue, em que são utilizados frascos com meio de cultura com aspiração à vácuo; útil para hemocultura de leveduras, fungos ou bactérias.
• Secreção de ferida cutânea ou cirúrgica, abscesso ou fístula: o material deve ser coletado, preferencialmente, após lavagem da lesão com soro fisiológico; a coleta pode ser feita por aspiração da secreção ali presente ou do líquido não drenado (por meio de seringa e agulha estéreis) ou ainda com swab.
• Fragmento de tecido: em se tratando de feridas ou lesões cutâneas é recomendado o cultivo de pequeno fragmento do tecido (biópsia), mas ainda poderá ser utilizado o swab.
• Urocultura: a urina na bexiga é estéril; entretanto, dependendo do modo de coleta, pode ocorrer sua contaminação com a microbiota uretral. Para tentar minimizar essa contaminação, o modo mais recomendado de se realizar a coleta é por meio da coleta de urina de jato médio.
• Líquor: a punção para obtenção do líquor é feito na coluna lombar e exige condições estritas de assepsia; a recomendação é que a coleta já seja realizada no próprio meio de cultura; além disso, o líquor não deve ser armazenado sob refrigeração, uma vez que algumas bactérias não resistem a temperaturas muito baixas.
• Fezes: devem ser coletadas, preferencialmente, no início na fase aguda da doença, quando os agentes infecciosos costumam estar presentes em maior número. Havendo porções mucosas ou sanguinolentas nas fezes, deve-se dar preferência à coleta das mesmas (DUTRA, 2002).
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